O atual cenário social e político no Brasil tem mostrado a importância das empresas públicas, que têm resistido a ataques e desmontes que visam enfraquecer entidades fundamentais para diminuir as desigualdades regionais no país, como é o caso do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Refletir e traçar estratégias de defesa do BNB foi o foco principal do 27º Congresso Nacional dos Funcionários do BNB, que aconteceu de forma virtual nos dias 06 e 07 de agosto e contou com a participação de 74 delegados dos estados do Nordeste. 

 

Historicamente marcada pelas desigualdades, o Nordeste Brasileiro tem se desenvolvido, por meio do BNB, com instrumentos como o FNE, agora ameaçado pela Medida Provisória 1052.

 

 

No primeiro painel, “Conjuntura: Nordeste sob ataque” – conduzido pelos diretores Marcus Vinícius, do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI) e Rubens Nadiel dos Sindicato dos Bancários de Pernambuco (SEEB-PE) – a deputada federal Erika Kokay (PT/DF) abordou a conjuntura de ataques e privatizações das empresas públicas, destacando como triste exemplo a situação atual dos Correios.

 

“Com a análise de conjuntura feita pela deputada Erika Kokay, abordando temas como a privatização das empresas públicas, e principalmente a MP1052, demonstrou como essa Medida Provisória enfraquece a atuação dos bancos regionais, como o BNB e BASA. E uma das propostas de resoluções aprovadas no congresso foi de que de a deputada Erika Kokay irá protocolar, ainda nesta semana, um pedido de Audiência Pública na Câmara Federal com o tema: ‘A importância do BNB para a região Nordeste e os Impactos da MP 1052’. Isso é fundamental para fortalecer o debate e defesa do BNB”, explicou o diretor do SEEBF/PI, Marcus Vinícius.

 

Já no segundo painel (conduzido pelos diretores sindicais Robson Luiz, da Paraíba e Carmen, do Ceará) foram debatidos “Os impactos da MP 1052 sobre o Banco do Nordeste do Brasil e a Economia Regional”, o economista e ex-deputado congressista, Firmo de Castro, resgatou a importância histórica da criação dos Fundos Constitucionais (FNE, FNO e FCO) na Carta Magna de 1988, e os efeitos positivos da atuação do BNB como gestor do FNE para o desenvolvimento da região Nordeste.

 

“O segundo painel abordou também o impacto da MP 1052 que reduz as taxas de administração dos bancos regionais na administração desses fundos e trouxe uma perspectiva preocupante da própria existência, à curto prazo, desses bancos, caso  essa MP se concretize”, disse Marcus Vinícius.

 

No terceiro Painel do congresso, a técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Vivian Machado, abordou a situação dos trabalhadores do BNB, referente a emprego, salários, benefícios e desempenho do Banco do Nordeste, através da apresentação de um recorte dos resultados obtidos pelo banco no último exercício (2020) e trimestre de 2021.

 

Confira as Resoluções do 27º Congresso do BNB

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Matéria: João Henrique Vieira



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