O processo de reestruturação em curso no branco Bradesco, além do fechamento de milhares de agências em todo o país, com demissões em plena pandemia, gera a piora no atendimento à sociedade. Contra esse processo, o Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI), assim como outros sindicatos em todo o país, realizou um Dia Nacional de Luta contra as demissões, em frente a agência Centro do Bradesco em Teresina, nesta quinta-feira (19/11).

Em um diálogo direto com a população, oSindicato distribuíram uma Carta Aberta e denunciaram as demissões, e fechamento de agências que prejudicam clientes e sobrecarrega ainda mais as funcionárias e funcionários do Bradesco. 

“A clientela mais pobre é quem sofre. Os ricos, os 'primes’ chegam e entram sem enfrentar fila. A maioria desse povo que está aqui chegou 06h, 07h, 09h, outros chegam até 05h da manhã, quando vêm do interior. O que os bancos fazem está amparado em lei aprovada pelo presidente Michel Temer logo após o golpe de 2016, contra uma presidenta legitimamente eleita. Mostramos para a população a realidade que enfrentamos e que os clientes vão enfrentar com ainda mais dificuldades no atendimento bancáro. Em breve não haverá mais bancários dentro das agências, uma tendência que em breve será uma realidade concreta. Alertamos para essa realidade de sofrimento, tanto para quem é cliente, quanto para quem é funcionário”, afirmou João Neto, diretor do SEEBF-PI.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Odaly Medeiros, ressalta que o papel do Sindicato é alertar a sociedade sobre essa realidade.

“Alertamos para que a sociedade compreenda que nesse momento pelo qual o país passa, em que as instituições financeiras estão comprometidas principalmente com demissões, que pioram o atendimento, com atos de um governo que dá todo apoio aos banqueiros e quem paga o preço é a sociedade, os trabalhadores. Chamamos à reflexão de que o processo político que aconteceu no país é que nos trouxe todas essas mazelas. Lutamos para corrigir esses erros, com a efetiva participação da sociedade nessa mudança do ponto vista político, econômico e social. A sociedade mais pobre é que está sendo mais penalizada” denunciou Odaly.

O diretor Arimatea Passos que os bancos privados têm um imenso poder, e nenhum compromisso social.  “Esses bancos privados têm muito poder, mas nenhum compromisso com a população e principalmente com seus funcionários. O Bradesco anunciou que vai fechar 1.100 agências, com isso a população vai será mais mal atendida. Por isso denunciamos essas demissões injustas, tratam o trabalhador como um objeto qualquer. Infelizmente é isso que está acontecendo no país, com esses bancos concentrando o poder financeiro e político, bancos que geram imensos lucros, que só olham para os lucros e não vêm as pessoas, não respeitam seus trabalhadores”, destacou Arimatea Passos.

 

 

Texto/fotos: João Henrique Vieira



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