Protestos pressionam Fenaban para que apresente propostas para as reivindicações da Campanha Nacional 2022

Com objetivo de pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a apresentar a proposta geral para as reivindicações da categoria bancária na Campanha Nacional 2022, bancários de bancárias de todo o país realizaram Dia Nacional de Luta nesta sexta-feira (19/08). No Piauí, os protestos aconteceram em frente às principais agências bancárias no Centro de Teresina, e na cidade de Parnaíba. Diretores do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF/PI) e funcionários protestaram na porta das agências da Caixa, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Bradesco, Itaú e Santander.

Os diretores distribuíram carta aos bancários e bancárias e mobilizaram a categoria a se manter unida e alerta nesse momento crucial de luta pela garantia de direitos conquistados com anos de luta.  

O presidente do SEEBF/PI, Odaly Medeiros, destacou que toda a pauta já foi discutida, mas ainda não saiu proposta viável, por isso o Comando Nacional fez, em o todo o Brasil, esse dia de manifestação. 

“O protesto teve boa repercussão e isso deve impactar junto aos banqueiros, vê se nas próximas reuniões apresentam uma proposta que garantam a manutenção das conquistas e avanço na pauta econômica e nas outras, como teletrabalho; defesa dos bancos públicos; e o combate ao assédio moral e sexual, que trabalhamos para incluir no acordo coletivo. Deixamos a categoria alerta que, se não conseguirmos negociar, temos que partir para um movimento grevista. Se até ao final de agosto não sair uma negociação, realizamos assembleia e se a categoria decidir nós entraremos de greve até a renovação dos nossos acordos coletivos”, afirmou Odaly Medeiros. 

O diretor Arimatea Passos também reforçou que a mobilização é um comunicando à sociedade que os bancários podem entrar de greve. “É fundamental que façamos essa mobilização. O momento está muito difícil, a gente ainda não conseguiu nenhuma proposta e já são 19 de agosto, imagine como está a situação. Esperamos que a partir de agora, nessas próximas reuniões avancem mais e tragam propostas para avaliarmos e decidirmos junto com a categoria que caminhos vamos tomar. Essa próxima semana vai ser fundamental”, alertou Arimatea. 

João Neto, diretor do SEEBF/PI, também ressaltou a importância do diálogo com a população sobre uma possível greve dos bancários.

“Os banqueiros precisam dá uma resposta concreta para a categoria bancária sobre os vários pontos que temos na nossa minuta de reivindicações para esse ano. Essa mobilização é importante para dizer aos bancários que, se for preciso nós vamos para a greve, e dizer à população que estamos negociando e priorizamos o diálogo, mas se não tiver uma proposta concreta que respeite as reivindicações da categoria, os bancários e bancárias entrarão em greve por tempo indeterminado”, disse João Neto. 

Na mesma linha, o diretor do sindicato, Francisco Meneses, também ressaltou que a manifestação é para denunciar o posicionamento dos banqueiros que não apresentam uma proposta à categoria. 

“Se a gente não mostrar nossa cara e disser para quê viemos, nada acontece. Temos que dizer que estamos esperando uma proposta, e que disso depende continuarmos fazendo esse movimento. Se ficarmos no conforto, eles não apresentam propostas e vão empurrar com a barriga até o final, apostando na questão da ultratividade. Temos que fazer mais movimentos desse tipo, com todos unidos a gente consegue arrancar uma proposta e fechar no prazo. Greve não é interessante para ninguém, mas se for o caso nós vamos fazer greve sim”, afirmou Francisco Meneses.  

A diretora do SEEBF/PI, Glória Araújo, frisou que desde junho o Comando Nacional senta à mesa de negociação, mas os banqueiros não apresentaram nada, apesar dos enormes lucros. “É um movimento totalmente necessário. Desde junho que estamos em negociação e até agora não parentaram nada de concreto. É hora da categoria estar unida, pressionando os banqueiros por uma proposta. Os bancos publicam lucros absurdos e na hora de fazer a negociação, querem deixar os funcionários fora desses lucros. É um movimento válido e necessário para buscar uma definição de forma mais rápida em relação à Campanha Nacional desse ano”, afirmou Glória.

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Matéria e Fotos: João Henrique Vieira