Barrar um ataque frontal aos direitos conquistados pela categoria bancária ao longo de décadas de lutas. Foi recado dado pelo Sindicado dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI), que retardaram por 01h a abertura das agências do Bradesco e Banco do Nordeste, para atendimento ao público, no Centro de Teresina, nesta sexta-feira (22/11), em protesto à MP 905/2019, editada pelo governo Bolsonaro.

 

 

No Piauí, o Dia Nacional de Luta contra a Medida Provisória esclareceu a categoria e a população sobre os ataques a direitos trabalhistas que a medida busca implementar – alterações na jornada de trabalho de 30 para 44 horas semanais, negociação de PLR sem a presença do sindicato, abertura de agências aos sábados e domingos, fragilização de leis trabalhista, seguro desemprego, entre outras que atingem não apenas aos bancários, mas principalmente os trabalhadores de menor renda.

 

 

O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Odaly Medeiros, ressalta a importância de mobilização da categoria. “As medidas do governo estão levando a categoria a entender que tem que reagir para manter nossos direitos, nossos bancos e empregos. Nessa mobilização retardando a abertura de agências, tivemos a adesão dos colegas, fizemos esse alerta e faremos muitas outras mobilizações. Nosso objetivo é combater retrocessos e medidas que o Governo Federal vem tomando, como leis que podam direitos e precarizam o setor público. A cada dia vamos nos fortalecer mais na defesa de nossos direitos”, afirmou Odaly Medeiros.

 

 

O diretor do SEEBF-PI e funcionário do BNB, Marcus Vinicius, também ressalta a conscientização sobre o contexto atual. “O Sindicato começou esse debate dentro das agências bancárias, uma vez que na MP 905 há artigos e dispositivos que nada mais são do que a retirada de direitos da categoria bancária. No dia de hoje, a grande reflexão é entender que tudo que parte do atual governo tem penalizado a categoria de trabalhadores”, afirmou.

 

 

Marcus Vinicius destacou ainda dados preocupantes sobre a saúde na categoria bancária. “Dados dos Ministério Público do Trabalho e do INSS mostram que nós representamos 1% dos empregos formais do país, e ao mesmo tempo representamos 5% do tal de afastamentos relacionados a doenças ocupacionais do trabalho. Banco é uma fábrica de fazer doentes. Lutar pelo respeito à jornada de 06 horas não é uma questão de regalia, é uma questão de dignidade e saúde para a categoria bancária”, frisou.

 

 

João Neto, diretor do SEEBF-PI e funcionário do Bradesco, destaca que a MP 905 é um ataque frontal aos trabalhadores. “É uma Medida extremamente perversa com a classe trabalhadora, tanto é que acaba com a lei sobre acidente de trabalho uma hora antes e uma hora depois do expediente, quando o trabalhador está se deslocando do ou para o trabalho. É um ataque à saúde dos trabalhadores. Os bancários são uma categoria de vanguarda, estaremos na luta. Hoje paralisamos duas agências em Teresina, mas a perspectiva é de que esse movimento aumente. Que a gente retome a luta dos trabalhadores e trabalhadoras levando à derrocada desse governo e dessas medidas que só prejudicam os trabalhadores brasileiros”.

 



Fonte SEEBF-PI tags:» Contra a MP 905/2019, Luta por direitos, SEEBF-PI






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