Em planejamento estratégico SEEBF-PI reflete sobre conjuntura e aponta caminhos para a resistência

Avaliar, planejar e projetar ações – assim foi o sentimento que permeou o Planejamento Estratégico 2019 da nova gestão do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI), realizado no sábado (05/10), durante a manhã e tarde, no Seminário Maior da Igreja Católica, no Bairro Angelim. Com a presença de diretores e diretoras da capital e do interior do Estado, focados em construir coletivamente propostas que posteriormente serão deliberadas em Diretoria.

Para o presidente do SEEBF-PI, Odaly Medeiros, a avaliação de conjuntura feita possibilitou apontar caminhos necessários. “Conscientizar os trabalhadores dos riscos que temos, enquanto categoria bancária, assim como a todos os trabalhadores foi de suma importância. Em cima dessa análise, buscamos fazer um planejamento de modo que, daqui a seis meses ou um ano, possamos fazer uma avaliação do que conseguimos trabalhar a partir do que for deliberado em Diretoria”, disse Odaly.

Odaly explica que as propostas apresentadas serão deliberadas em Diretoria, buscando uma atuação ainda mais eficiente e em sintonia com o momento atual. “Discutimos planos e projetos sobre formação, organização, comunicação e outros pontos. A defesa dos bancos públicos será uma campanha permanentemente; nossa comunicação também será mais dinamizada para dialogar com a categoria e com a sociedade. O planejamento foi muito valioso e trará um mapa da realidade que vivemos, e em cima disso desenvolveremos nossas políticas e ações em defesa da categoria e do próprio sindicato. Precisamos nos organizar internamente e junto à sociedade e vamos cumprir o que planejamos”, afirmou.

Entender o contexto e construir coletivamente

Marcelo Mascarenhas, procurador do município de Teresina e membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, que fez a análise de conjuntura, ressalta que vivemos um novo período histórico que precisa ser compreendido para se poder resistir. “O processo que se iniciou com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a prisão do ex-presidente Lula e a eleição do Bolsonaro representou uma derrota estratégica da classe trabalhadora e as organizações dos trabalhadores têm o desafio imenso de se reorganizar, repensar e planejar a resistência. Desafios que são ainda mais intensos para os bancários, uma categoria sob constante ataque. Tudo isso foi pautado e aponta para a necessidade de os dirigentes sindicais se reinventarem e construírem fórmulas novas de se comunicar com a base e reorganizar a luta”.

A cientista social Lívia Queiroz destacou o compromisso da Diretoria de construir ações coletivas frente ao contexto atual. “O contexto é de extrema vulnerabilidade e fragilidade dos direitos. E a gente vê uma instituição que está preocupada em manter um planejamento sempre ativo, em trazer para si a sociedade e os seus associados como um todo. Isso é de suma importância, ainda mais quando traça suas estratégias e planos de forma organizada e deliberada, decidindo de forma coletiva, o que é o principal. Eu acredito que a importância dessa democracia nas decisões é que fortalece uma entidade como o Sindicato dos Bancários do Piauí”, afirmou Lívia.