Emir Sader destaca poder do movimento sindical como força de resistência no combate ao modelo neoliberal
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12/09/2019 :» Gilson Alves Rocha :» Regionais
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Com um discurso crítico sobre o “Brasil no Século XXII”, o sociólogo Emir Sader foi o convidado da Roda de Conversa, encontro que faz parte do ciclo de Formação Política organizado pela Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi/NE), em parceria como Sindicato dos Bancários do Piauí e a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Foi nesta quinta-feira (11/09), no auditório do SEEBF-PI. O evento foi prestigiado por bancários e representantes dos movimentos sindicais piauienses. A atividade contou com a participação do presidente da CUT/PI, Paulo Bezerra, e a secretária da Mulher, Lusemir Carvalho.
Para Emir Sader, “a primeira importância deste tipo de evento é valorizar os avanços que houve e que nunca tinha havido na história do Brasil de todos os pontos de vista; e o segundo é entender a situação complicada de agora, ou seja, como é que foi possível a direita montar uma armadilha que tirou a Dilma Rousseff sem justificativa jurídica, prende o Lula e condena sem provas, e através de um mecanismo fajuto, elege um presidente como este”, justifica, mencionando que os aliados do governo federal estão se enfraquecendo.
O sociólogo argumenta que o “movimento sindical é uma força de resistência fundamental, em particular os bancários, porque eles [do governo federal] querem atacar os bancos públicos. Então, acho que hoje estamos muito melhor do que estávamos no começo do ano e a tendência é a gente chegar ao fim do ano em condições muito melhores para poder impor uma derrota, não só ao governo, mas ao modelo neoliberal deles”, ressalta Emir.
Sobre o papel dos sindicatos na luta pela retiradas de direitos por parte do governo federal, o sociólogo foi taxativo ao afirmar que a unidade possível é sempre na prática, ou seja, colocar a questão da defesa dos direitos dos trabalhadores; defesa dos salários e defesa da carteira de trabalho para evitar os retrocessos maiores. Então, a unidade não é só sentar na mesa, é convocar jornadas de luta que unifiquem o conjunto do movimento sindical”, avalia o cientista político que foi bastante aplaudido após sua brilhante apresentação.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores do Piauí (CUT/PI), Paulo Bezerra, destacou a importância de ter algumas reservas de conhecimento no país, “e hoje nós tivemos a felicidade de estarmos com Emir Sader, e acho que foi uma oportunidade única, acertada a ideia da Fetrafi/NE e do Sindicato dos Bancários do Piauí de recebê-lo aqui, mas é uma honra para a CUT, como representante das entidades sindicais em nosso Estado, de participar desta roda de conversa”, observa.
Para o cenário político nacional, ele disse que significa o reconhecimento do momento como este e o que representa para a classe trabalhadora. “Na figura do Emir, nós vimos a leitura correta do que acontece na política nacional, estadual, internacional e econômica do país. Quais são os reflexos desta política desastrosa que foi implementada desde o impedimento da Dilma, passou pelo governo do Michel Temer e agora no governo Bolsonaro?”, questiona Paulo Bezerra, esclarecendo que para classe trabalhadora isso representou perdas, fim de muitas conquistas, redução de muitos direitos, mudança na qualidade de vida da população que precisa de politica social, fim de investimento na área produtiva e que gerou muito desemprego, algo em torno de 12 milhões e meio de desempregados e mais de 37 milhões de pessoas na informalidade.
Por sua vez, o presidente em exercício do SEEBF-PI, Gilberto Soares Machado, falou que a presença de Emir Sader foi uma contribuição valorosa para os representantes dos movimentos sociais, “sendo de um enriquecimento muito grande pela vivência dele, pela capacidade de interpretar o cenário político e os movimentos sociais na nossa atualidade”, pondera, acrescentando que a diretoria do sindicato está de parabéns por trazer o sociólogo a Teresina com as entidades parceiras, Fetrafi/NE e Contraf/CUT, que permitiram a vinda do professor a capital.
Fonte SEEEBF-PI tags:» Emir Sader Movimentos Sociais Resistência
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