No Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Públicas, bancários fazem manifestação em frente a Caixa, BNB e Banco do Brasil
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05/07/2018 :» Gilson Alves Rocha :» Regionais
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Com o apoio de representantes da Central Única dos Trabalhadores do Piauí (CUT-PI), Sindicato dos Urbanitários e Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) e Associação do Pessoal da Caixa Econômica no Piauí (APCEF-PI), , o Sindicato dos Bancários do Piauí realizou nesta quinta-feira (05/07), em Teresina, o Dia Nacional em Defesa das Empresas Pública, movimento nacional que aconteceu simultaneamente em todo o país.
Na capital piauiense, a manifestação contou com a participação de emboladores e começou em frente à agência Conselheiro Saraiva, da Caixa Econômica, na Praça Rio Branco, e chamou a atenção do público que circulava pelo Centro de Teresina.
Em seu discurso, a diretora do SEEBF-PI Francisca de Assis Araújo esclareceu que o Piauí é o Estado com menor volume de agências do Brasil e por isso os trabalhadores estão se mobilizando para lutar por condições mais dignas. “E estamos neste momento em defesa das empresas públicas”, diz.
O vice-presidente do sindicato, Odaly Medeiros, fez questão de dizer que 83% dos investimentos voltados para as políticas públicas são realizados pelos bancos públicos, “daí a importância de informar para o povo sobre a importância desse patrimônio público”, enfatiza.
A diretora da Mulher dos Urbanitários, Teonia Almeida do Vale, conclamou a população a aderir ao movimento dos trabalhadores, “pois precisamos dizer ‘Não’ às privatizações das empresas públicas como quer fazer o atual governo, já que estamos vivenciando um golpe em todas as esferas, como nas áreas de energia, educação e saúde”, argumenta a sindicalista acrescentando que a mudança só será possível se a sociedade se manifestar e ir para as ruas lutar por seus direitos.
Por sua vez, o presidente da CUT-PI, Paulo Bezerra, disse que essa luta tem que ser apoiada pela sociedade, afinal, completa ele, “a população de baixa renda é a mais afetada e são os bancos públicos, como o Banco do Brasil, Caixa e BNB que financiam os programas sociais, além de saneamento básico, saúde e educação, além de promover o desenvolvimento do Estado”, afirma, mencionando que é dialogando com o povo que se pode tentar melhorar a situação do trabalhador brasileiro.
Ele destacou, ainda, que é preciso sair do seu conformismo e dizer ‘Não’ aos políticos que não fazem nada em favor da população, “mas é preciso chamar atenção do povo para que possam abraçar a nossa causa”, ressalta Paulo Bezerra.
Herbert Marinho, diretor dos Urbanitários, defendeu a permanência da Caixa e BB como bancos públicos, pois, conforme ele, os bancos privados não têm esse papel de fomentar o desenvolvimento do Piauí, uma vez que visam somente o lucro. “Estamos juntos nessa luta, mas é preciso acordar para essa realidade porque os trabalhadores estão sendo atacados com a retirada de direitos conquistados. É necessário ficarmos atentos às eleições e acabar com essa agenda neoliberal de privatizações”, pondera.
Quem também manifestou apoio ao dia de luta em defesa das empresas públicas foi o ex-deputado Jesus Rodrigues que se mostrou preocupado com o setor público diante da ameaça de privatização. Ele lembra que quando estava pleiteando a ampliação de agências do BNB nas cidades de Canto do Buriti, Castelo e Santa Filomena, no Piauí, no exercício do seu mandato, foi o atual presidente Michel Temer que mandou sustar a abertura das novas unidades bancárias. “O modelo do governo é valorizar os grandes empresários, mas precisamos enfrentar isso e mudar o Congresso Nacional”, argumenta.
Em frente ao BNB da Rua Rui Barbosa, o diretor do SEEBF-PI Marcus Vinícius enalteceu a importância do banco, assegurando que 56% das operações de empréstimos são realizadas por bancos públicos, particularizando a atuação da Caixa nos programas sociais. “O sindicato está preocupado com essa situação. Nas recentes visitas que fizemos ao interior do Piauí, a gente vê que cada vez mais as agências bancárias estão com menos empregados para atender o público. Dessa forma, o governo vai enfraquecendo os bancos”, lamenta.
A também diretora Lusemir Carvalho lembra que o trabalhador precisa ter dignidade, necessitando se unir as entidades que defendem seus direitos para fortalecer ainda mais o banco. “Estamos vivenciando um retrocesso com a privatização dos bancos e precisamos unir as forças para lutar”.
Para finalizar a manifestação em frente do BB da Rua Álvaro Mendes, Centro de Teresina, o diretor Gilberto Machado comentou sobre o mau atendimento prestado aos clientes por falta de empregados suficientes, já que não há novas contratações, sobrecarregando os poucos trabalhadores do quadro pessoal das agências. Enquanto isso, o diretor José Ulisses ressalta que a crise que se instalou no Brasil não parou a produção, “mas estamos numa política de exploração eterna, inclusive levando os bancos a terceirizar serviços”, conclui.
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