Diretores do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI) se reuniram com empregados do Banco Santander, agência da rua Álvaro Mendes, no centro de Teresina, nesta quarta-feira (20/06), informando sobre a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho que consta na minuta específica do Banco Santander, entregue à Direção do banco.

O diretor do SEEBF-PI, Césario Alves, informa que o banco sinalizou em prorrogar o acordo específico, mas das 60 cláusulas o banco negocia alterações em quatro pontos – PPR (Programa de Participação nos Resultados); plano de saúde; plano de previdência e o Termo de Compromisso.

“No Santander tem PPR (que é Programa de Participação nos Resultados) que pelo cálculo esse ano daria um valor, mas o banco está querendo pagar um valor menor. Nós podemos até aceitar, desde que em troca disso o banco traga as homologações para dentro do Sindicato, já que pela nova lei trabalhista poderão ser feitas dentro do banco, deixando o funcionário fragilizado e refém do banco”, disse Cesário.

Segundo explica diretor Cesário há vários planos de saúde dentro do banco e o objetivo e concentrar no Cabesp. “Estamos propondo que o banco traga todos os funcionários do Santander para dentro da Cabesp, que é o antigo plano de saúde dos funcionários do Banespa, porque aumentaria a quantidade de sócios, além de ser um plano que tem diretor eleito e mais transparência”.

Sobre os planos de previdência Cesário Alves explica que o objetivo é também centralizar em um plano mais vantajoso para o empregado. “Propondo trazer todos do Santander Previ para dentro do Banesprevi, um plano com diretor eleito e com mais transparência. Pedimos também que os funcionários façam a adesão ao Santander Previ, porque tem paridade, que é quando o banco paga uma parte e o funcionário outra. A proposta é que o banco não feche o Santander Previ e aceite a adesão de todos os funcionários do Real e do Santander”.

O diretor do SEEBF-PI, Edivaldo Cunha, também alerta sobre a questão da previdência. “Todos os funcionários têm direito ao Santander Previ, mas muitos não sabem. Funciona no modelo de paridade, com o banco pagando uma parte e o funcionário outra. O banco colocou um limite de 6.142 e quem ganha inferior a isso contribui com até 2%. Mas quem ganha acima disso pode contribuir de 2% a 9% do salário, mas o banco não divulga. O banco não tem interesse que isso seja divulgado e estamos sabendo que o banco quer acabar com o Santander Previ. Vai criar um novo plano, mas não divulgou data, nem como será esse novo plano”.

Outro ponto negociado pelo banco é o Termo de Compromisso que já consta no Acordo Coletivo, mas os representantes dos empregados querem acrescentar mais um item, para que o banco deixe de pressionar os funcionários que queiram aderir à greve. E que antes de fazer mudanças, se adequando à reforma trabalhista, chame as entidades sindicais para se chegar a um entendimento.

O presidente do SEEBF-PI, Arimatea Passos, ressaltou a importância de ficar atento a Campanha Nacional 2018 e que é preciso a união para defender os direitos que estão ameaçados. “Estamos fazendo um acordo em cima de uma nova lei trabalhista e muitas das nossas propostas são contrárias à nova lei, por isso vai ser uma campanha muito difícil e precisamos da união de toda a categoria. Muitos direitos que nós conquistamos em vinte anos, estão em risco. Desde cláusulas financeiras, como a PLR, a cláusulas sociais como licença gestante, abono entre outras e todas estão ameaçadas. Por isso, estamos fazendo essas reuniões em todas as agências e em todos os bancos, para que a categoria tenha consciência da luta que temos pela frente”.



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