Rita Serrano defende mudanças na estratégia, organização e união para conquistar direitos dos trabalhadores

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Rita Serrano defende mudanças na estratégia, organização e união para conquistar direitos dos trabalhadores

07/05/2018 Gilson Alves Rocha Regionais

Em sua abordagem sobre “Conjuntura”, Maria Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, esclareceu que esse é o momento em que os valores estão em cheque, especialmente a solidariedade e companheirismo, até porque a cada dia surgem mais dificuldades para discutir, principalmente, segundo ela, o desmonte do patrimônio público.

“A corrupção não é inerente ao setor público, mas ao sistema capitalista”, avalia, acrescentando que onde existe o grau de concentração da riqueza, a corrupção é inerente, mas existe uma falta de reação por parte da população, onde as pessoas estão sendo motivadas pela imprensa. “Nosso papel é questionar isso”, ressalta a convidada.

Rita disse que o país vive uma crise de valores institucionais e econômicos. “Nosso papel é ajudar a intervir na realidade. Temos que falar com os bancários e a população que pensam diferente da gente, caso contrário, vamos ficar no gueto pequeno”, diz.

Otimista, ela disse ter esperança em mudar essa situação e reverter o jogo, mas faz-se necessária uma estratégia de enfrentamento para chegar a uma campanha voltada a manter as questões que foram conquistadas pelos trabalhadores. “Vamos ter que nos organizar, pois o cenário é para tirar os colegas bancários da acomodação, até porque o que estamos vendo é uma menor quantidade de gente nas assembleias e nas reuniões de organização”, lamenta Rita Serrano, defendendo uma estratégia para se chegar a luz no fim do túnel e isso só se alcança, conforme ela, dialogando, discutindo e cada um fazendo sua parte.

“Precisa conhecer a realidade para saber como intervir na realidade. Eu vejo que no Brasil há um conformismo com relação à realidade. Então, discutir a conjuntura é para entender a realidade, quais são os riscos e ameaças do momento para os trabalhadores e, a partir daí, definir as estratégias de enfrentamento de enfrentamento para que essas ameaças  não se concretizem”, explica Rita Serrano.

Ela ressalta que a categoria bancária vai sofrer agora os impactos da reforma trabalhista que foi aprovada, até porque os bancos vão querer implementar a reforma na integrar, que traz perdas graves para os bancários em termos de direitos. “Vai ser um enfrentamento difícil e vai ter um impacto violento com relação ao acordo dos bancários na conjuntura por conta da instabilidade política e econômica”.

Sobre o lançamento do livro “Se é público, é para todos”, Rita Serrano falou que ele é resultado de uma campanha do comitê coordenado por ela e que objetiva chamar atenção das pessoas para o debate do que é público , seja empresas públicas, saúde, educação e universidade públicas, bem como para o conceito do que é público que está tão desvalorizado na sociedade nesse momento”, conclui.



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