Dar visibilidade às causas de grande parcela da população que vive à margem, excluídos e excluídas de políticas públicas e direitos básicos foi o êxito do 23º Grito dos Excluídos, durante do desfile pela independência neste 07 de setembro, na Av. Marechal Castelo Branco, em Teresina. Diversas entidades religiosas, sociais e sindicais se uniram em protesto contra a retirada de direitos e reformas que prejudicam a população. Um grito pela vida em primeiro lugar.


“O grito desse ano superou a nossa expectativa, porque o povo está tão massacrado que não tem mais nem coragem de lutar. Mas o grito hoje está acordando o povo. Quem está do outro lado na arquibancada, está dizendo ‘isso aí é meu povo, minha bandeira, eu me identifico com essa luta’. O recado foi dado para o povo, para os meios de comunicação e para aquele grupo de políticos que estão na cabine, na sombra, vendo o desfile passar”, disse Irmã Ana Lúcia, da Comissão Pastoral da Terra.
A CUT e sindicatos denunciaram os ataques que a classe trabalhadora e a sociedade vem sofrendo em seus direitos. “Conseguimos chamar a atenção das pessoas que estiveram aqui. Nosso objetivo era apresentar para povo a forma como vive grande parte da sociedade que é excluída de políticas públicas, que não tem acesso a emprego, saúde, moradia e educação. Denunciar o poder público por fugir de sua responsabilidade de oferecer à população carente e excluída o mínimo para a sobrevivência. E estamos conseguindo hoje”, afirmou Paulo Bezerra, presidente da CUT Piauí.
A diretora do Sindicato dos Bancários do Piauí, Lusemir Carvalho, ressaltou a participação da sociedade. “A população foi solícita ao nosso chamado. Diante de todas as mazelas que estão fazendo com o nosso país por parte de um governo ilegítimo que só traz malefícios aos trabalhadores e trabalhadoras. Temos buscar sempre a colaboração da sociedade e unir forças para vencer esse projeto de ataque aos trabalhadores”, afirmou a diretora Lusemir Carvalho.


Padre Júlio afirma que é necessária uma luta contínua. “Conseguimos mostrar nossa indignação e é isso que tem que acontecer, temos que ir para as ruas e mostrar que não estamos satisfeitos com o que está acontecendo. O grito é todo dia, tem que continuar nas ruas para que nossos direitos continuem sendo garantidos”.  Já o militante da Organização Popular Tales Emanoel falou da mensagem que ato passou. “O Grito veio para mostrar que é necessário e possível fazer as mudanças que o povo e classe trabalhadora precisam”.


 



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