Dia do Bancário no Piauà é marcado por ato público e diálogo com a sociedade
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29/08/2017 :» João Henrique Vieira :» Regionais
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Mesmo com decisão liminar contrária ao feriado estadual pelo Dia do Bancário, comemorado na segunda-feira, 28 de agosto, a data no Piauí foi marcada por ato público realizado pelo Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI), na Praça Rio Branco, no Centro de Teresina, e agências bancárias fechadas em todo o Estado. Na oportunidade os bancários puderam dialogar diretamente com a população sobre a realidade dos trabalhadores do ramo financeiro, taques aos bancos públicos e retirada de direitos trabalhistas.
O presidente do SEEBF-PI, Arimatea Passos, afirmou que a categoria ficou sabendo pela imprensa da decisão contrária ao feriado, mas como os órgãos oficiais não tinham sido notificados, o feriado foi mantido. O presidente ressaltou ainda que o momento é de luta. “No sábado fomos surpreendidos por uma liminar, mas não de forma oficial, e sim por meio da imprensa. Qualquer decisão jurídica o Sindicato cumpre, as discussões se houver serão nos fóruns. Como não chegou em tempo hábil nem ao governo do Estado, nem à procuradoria, nem aos bancos e nem ao Sindicato, naturalmente a gente está cumprindo ainda a Lei estadual mantendo o feriado. É um dia de luta e reconhecimento. Estamos sob um ataque muito grande, como reforma trabalhista e terceirização. É preciso estar cada vez mais em sintonia com a sociedade, porque o momento é político, precisamos mudar o direcionamento que o governo tem em relação ao desenvolvimento do país”.
Já o vice presidente Odaly Medeiros ressaltou a oportunidade de diálogo direto com a população denunciando os ataques que os trabalhadores vêm sofrendo. “Nosso manifesto tem dois aspectos, primeiro denunciar esse governo que trabalha contra os bancos públicos e contra as empresas públicas; e também dizer à sociedade que nós não vamos baixar a cabeça, somos uma categoria organizada e vamos para o enfrentamento. Vamos defender os bancos públicos, nossos empregos e os direitos dos trabalhadores que foram tirados com as leis da terceirização e da reforma trabalhista, que em verdade deforma nossos direitos e nossa constituição. Esse manifesto é uma oportunidade de informar à sociedade o que de fato está acontecendo, porque a grande imprensa informa o que é de interesse desse grupo que apoia o projeto golpista, por isso vamos para as ruas dizer o que o povo precisa saber, porque o povo está sendo ludibriado pela grande imprensa”, disse.
A diretora Francisca de Assis também destaca a importância de fazer dessa data um dia de luta e esclarecimentos à sociedade. “Nesse momento é importante dizer para a sociedade quais as dificuldades maiores que nós estamos vivendo, as ameaças que o sistema financeiro impõe aos seus trabalhadores. Os banqueiros privados estão pressionando os bancos públicos a serem reduzidos e nós temos a obrigação de fazer a resistência e o esclarecimento para a sociedade sobre as políticas públicas que o governo não faz e não pretende fazer. Mais que comemorar o Dia do Bancário e da Bancária, estamos fazendo o esclarecimento para a sociedade. Sabemos que a sociedade precisa de muitos investimentos para crescer e desenvolver, não é a lucratividade que vai fazer a sociedade viver melhor, a vida melhor depende de investimentos para crescer, dá amparo aos trabalhadores e á sociedade”, afirmou.
Lusemir Carvalho, diretora do SEEBF-PI, frisou a importância esclarecer a sociedade sobre os ataques aos bancos públicos. “É um momento muito importante para dialogar com a sociedade e colocá-la a par do desmonte que estão fazendo com as empresas públicas, e em especial, com os bancos públicos. O país está passando por uma situação muito difícil e os bancos públicos estão sendo desmantados com o objetivo de fragilizar para depois privatizar”, afirmou.
A presidente da Apcef-PI, Glória Araújo, também afirmou que a data é uma oportunidade de denúncia. “Aproveitamos esse dia para denunciar à população todos esses ataques que as empresas estatais estão sofrendo, especialmente os bancos públicos, denunciar todos esses ataques do governo Temer, dos banqueiros, que atacam e retiram direitos e prejudicam nossa classe e toda a categoria de trabalhadores. Estamos em praça pública denunciando para que a população entenda e nos apoie”.
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