Assim como em todo o país, no Piauí o Dia Nacional de Luta (15/08) reuniu empregados e diretores do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI) e outros representantes do movimento sindical em frente a agência da Caixa Areolino de Abreu, no centro de Teresina. O movimento em defesa da Caixa Econômica e pela valorização e respeito aos direitos dos empregados cobrou da direção do banco a suspensão das atuais medidas prejudiciais aos trabalhadores e que precarizam o atendimento à população e o papel social do banco.

Enquanto era entregue à população uma Carta Aberta cobrando do governo Temer e da Direção da Caixa mais respeito à população e aos empregados, e alertando para o processo de desmonte que o banco está sendo submetido, os diretores denunciavam os ataques que a Caixa vem sofrendo e que afetam diretamente a população mais carente do país. “A Caixa é um banco de fundamental importância em sua responsabilidade social. É o banco responsável pelos principais programas sociais do país. Temos que juntos, população e empregados, defendermos a Caixa enquanto patrimônio público”, afirmou o presidente do SEEBF-PI, Arimatea Passos.

A diretora Francisca de Assis denunciou os ataques do atual governo contra as empresas públicas, em favor das elites do país e criticou as medidas que enfraquecem a missão social do banco, como descentralizar o FGTS passando para o setor privado, além do fechamento de agências. “O objetivo da reforma trabalhista e terceirização é acabar com os concursos públicos. Com o plano de demissão a Caixa enfraquece e compromete os programas sociais que beneficiam os mais pobres. O governo congelou por 20 anos os investimentos em saúde, educação, segurança e moradia, e ao mesmo tempo os bancos privados lucram e ficam com boa parte dos recursos do país com pagamento de juros. Temos que dá respostas nas próximas eleições, temos que lembrar dos deputados e senadores que votaram contra o povo”, disse De Assis

A diretora chamou a população a entender o contexto político e se posicionar em defesa do patrimônio brasileiro. “Os bancos públicos prestam serviço à população e a população precisa entender e defender os bancos públicos. Chegou a hora de entender de política e saber de que lado ficar. Vamos ficar do lado dos milionários do país que lucram, mais e mais, ou do lado da população pobre e trabalhadora do país”.

Já o vice-presidente do Sindicato, Odaly Medeiros, frisou que a crise só existe para os mais pobres. “Temos que questionar o custo do governo e dessa crise. Enquanto bancos privados e grandes empresas têm suas dívidas perdoadas, quem sofre com a crise é o trabalhador. O Atual governo corta direitos, desmonta o setor público, como a Caixa e a previdência; destrói programas sociais fundamentais para a população mais pobre. Nossos representantes são uma vergonha. O estrago que esse governo fez na Caixa em um ano já foi tamanho, que compromete todo um conjunto de conquistas dos trabalhadores”, denunciou Odaly.

É preciso lembrar que a Caixa já chegou a ter 101 mil empregados em 2014, mas poderá ficar com menos de 90 mil – após a reabertura do PDVE apresentado em 20 de julho de 2017. Além da redução de pessoal, que gera sobrecarga de trabalho, adoecimento e precarização no serviço, a Direção do banco está impondo, de forma unilateral, uma reestruturação que mexe com postos de trabalho e atinge direitos dos trabalhadores.



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