Em defesa da Lei de Segurança Bancário (Lei 6168/2012), a Diretoria do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI) se reuniu com a Deputada Flora Izabel e com o assessor parlamentar Marlon Freitas (representado o deputado João de Deus, líder do governo na Assembleia) para tratar sobre a tentativa de revogação ou alterações na Lei de Segurança Bancária sugeridas pelo Banco Bradesco, Banco do Brasil e Correios após reunião com o governador Wellington Dias (PT), ocorrida na ultima terça-feira (20/06).

“Essa reunião do Sindicato com a deputada Flora Izabel, que é a autora da Lei, demonstra a nossa preocupação com a segurança bancária no estado do Piauí. Foi uma luta muito grande para conseguir a aprovação dessa Lei. Ouvimos rumores, e agora confirmamos que querem fazer alterações na Lei, mas a gente não sabe ainda o conteúdo e por isso a nossa preocupação”, afirmou o presidente do SEEBF-PI, Arimatea Passos.

A deputada Flora Izabel, que ouviu dos bancários a preocupação com esse retrocesso. “Sabendo dessas possíveis alterações que alguns bancos estão querendo fazer nesta Lei de Segurança, o Sindicato me chamou para essa reunião e, de antemão, com os argumentos que foram colocados para mudança, o Sindicato não concorda, até porque o Sindicato preza pela vida e segurança do trabalhador bancário e dos clientes, diferentemente do setor bancário que pensa mais no lucro. Dessa reunião ficou encaminhado que eu terei uma conversa com o Governador a respeito dessa questão”, pontuou a deputada.

Na reunião dos bancos com o governador foi apresentada a alegação para as alterações. Segundo explicou o assessor Marlon Freitas, o governo irá ainda ouvir os dois lados. “O governo vai ouvir os interesses dos bancários e também dos banqueiros. Ainda não há uma posição definitiva do governo, que vai ouvir as duas partes, analisar e avaliar o quê que pode ser alterado de forma que não prejudique a segurança nas agências e acima de tudo, mantenha ou melhore a segurança dos empregados dos bancos e da comunidade em geral”, comentou Marlon.

Alterações fragilizam ainda mais a segurança nas agências

Segundo o que foi debatido na reunião, as alegações e alterações propostas pelos banqueiros são, entre outros pontos, relativas a portas eletrônicas, coletes para os seguranças e monitoramento, o que segundo os banqueiros elevam os custos. “Um dos itens colocados, foi a questão dos coletes. É exigido pela Lei um colete de difícil aquisição, que é o colete A3, somente utilizado pelas forças armadas e que ficaria muito difícil e oneroso para se adquirir para fornecer aos seguranças dos bancos. É um caso a ser avaliado, sobre a mudança desse tipo de colete para um outro tipo que possa ser comprado e de certa forma mais ágil do que esses que não se consegue comprar”, informou Marlon Freitas.  

Mas o presidente Arimatea Passos, rechaça esse argumento dos banqueiros. “Não há nenhum motivo para os banqueiros alegarem que porta de segurança ou outro dispositivo seja custo, isso é benefício para a agência. Sabemos que a presença de todos os bancos é importante em todas as regiões do Piauí, mas é importante que eles cumpram a Lei, que criem mais dispositivos de segurança, o que protege tanto o empregado, quanto o cliente. Temos a certeza de que nenhum dispositivo de segurança causa custa para o banco, pelo contrário, causa é benefício”.   

Encaminhamentos

Como resultado da reunião foi acertado que a deputada Flora Izabel irá intermediar a conversa entre o Sindicato e o governador para tratar do assunto; e que será solicitado à direção do Bradesco uma reunião para expor quais motivos e itens que pretende alterar. “De antemão, queremos dizer que nós somos contrários a mexer em qualquer item da Lei de Segurança Bancária, que protege a vida dos trabalhadores e dos clientes. Nós vamos continuar acompanhando para que nada mude ou, se mudar que seja para melhor”, afirmou Arimatea Passos.



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