Lutar! Essa é a missão da classe trabalhadora contra a tão danosa reforma da previdência proposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Contra os ataques do governo à classe trabalhadora, bancários e bancárias do Piauí se somaram às outras classes trabalhadoras nessa quarta-feira (15/03) no Dia Nacional de Luta, que no Piauí, em Teresina, realizaram manifestações em frente a agência da superintendência do Banco do Brasil e do BNB, retardando a abertura da agência e alertando os trabalhadores e clientes sobre os prejuízos que a reforma representa.

As manifestações, tanto no Piauí, com em todo o país, buscam alertar a sociedade para as crueldades que essa reforma vai impor aos trabalhadores. A bancária Cida Bastos alerta para necessidade de lutar contra a reforma. “Essa mobilização é de extrema importância e mais pessoas deveriam ter essa consciência e atitude. Se houver essa reforma a gente não sabe nem se vai se aposentar e se se aposentar não vai ter mais nem forças. A gente é totalmente contra e espera que essas manifestações aqui, e no Brasil todo, sejam cada vez maiores, para que essa reforma absurda não aconteça”, disse.

Para o bancário Francisco Meneses é preciso que a classe bancária se envolva ainda mais e lute contra essas reformas tão danosas ao trabalhador. “É hora de a gente se mobilizar, se não vamos sentir lá na frente, quando for se aposentar e não tivermos os direitos que sempre tivemos, aí vamos olhar para trás e pensar ‘se eu tivesse lutado eu teria um futuro diferente. Mas acho que, com essas lutas e esclarecimentos, todos vão despertar para a gravidade desse momento”, afirmou Meneses.

 

A culpa não é do trabalhador

O governo tenta destruir a previdência e ainda coloca a culpa no trabalhador, penalizando a população e mentindo sobre a real situação previdenciária no país. O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Arimatea Passos, denuncia o real interesse do governo em destruir a previdência, culpando os trabalhadores. “O objetivo é que, destruindo a previdência, as pessoas tenham que buscar a previdência privada, e encher o bolso dos banqueiros, ainda mais. Qual é a empresa que vai manter um trabalhador até os 70 anos, a pessoa já debilitada?”, questiona Arimatea, que complementa lembrando que o governo bloquei uma CPI que busca investigar verdadeiramente a previdência no Brasil. “Existe no Congresso uma proposta de CPI para conhecer de fato a situação da previdência, mas o governo bloqueia, pois não quer transparência. Essas reformas são a continuidade do golpe que derrubou uma presidenta legitimamente eleita”, denuncia Arimatea.

O aposentado do extinto banco do estado (BEP), Demerval Neiva, denuncia que o governo tenta culpar e penalizar o trabalhador, quando não verdade as causas são outras. “Quem quebra a previdência não são os trabalhadores, são as empresas que não pagam os compromissos com o governo, não é o salário que a previdência paga ao trabalhador. Tem que cobrar os devedores, pegar o dinheiro do INSS e dedicar ao INSS. Mas pegar o dinheiro, desviar e dizer que a previdência está quebrada é muito grave. Nós precisamos pegar o pulso desse país”, explica.

 

A importância de lutar

O Dia Nacional de Luta marca um momento necessário de união de toda a classe trabalhadora contra uma reforma tão danosa à sociedade. O diretor sindical Marcus Vinícius falou da importância desse dia de luta no Piauí e em todo o país. “A importância é a união de todas as classes nessa luta contra essas reformas. Hoje fizemos manifestação em frente ao BNB com a presença de vários colegas de trabalho. Sobre essa reforma da previdência, que é totalmente danosa à classe trabalhadora e que o governo tenta nos impor, algumas categorias, como os previdenciários, afirmam que não existe esse déficit da previdência”, diz.

Marcus Vinícius lembra ainda que esse é o momento de lutar, antes que seja tarde. “O principal ponto de hoje é que, quem é contra essa reforma, tem que vir para a rua, porque depois de aprovada no Congresso a gente não tem mais o que fazer. O momento de luta é agora”.

Dentre tantas maldades, a reforma de Michel Temer ataca diretamente as mulheres, que terão as mesmas regras que os homens, ignorando um contexto de trabalho diferenciado que a mulher dá conta. “A mulher tem tripla jornada, trabalha fora, trabalha em casa, cuida dos filhos. Se a gente não lutar pelos nossos direitos e dos nossos filhos hoje, não sabemos nem como será nosso futuro. Os trabalhadores são o futuro do país”, afirma a bancária Cida Bastos.



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